sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A dança cigana

dançarina gitana | Dançarinos de flamenco

A dança para os ciganos

Assim como toda a cultura cigana, a dança, é passada agrafamente pelos pais, avós, tias, e familiares mais velhos. não há uma coreografia exata nos movimentos das ciganas e ciganos. mas há, uma forma de comunicação em seus gestos ao dançar que só os ciganos conhecem.

uma das mais importantes atitudes das dançarinas, é proteger as pernas, uma vez que é expressamente proibido uma cigana mostrá-las a estranhos. Se casada, a cigana só as mostrará a seu marido. e se solteira a ninguém mais. Conhecida por ser uma dança extremamente sensual a dança cigana atrai e encanta os gadjês/jurem (não ciganos) e ainda trazem inúmeros benefícios à saúde física, mental e espiritual. 

Muito usada em todo o mundo, a dança cigana, sem dúvida é uma “viagem” fascinante, onde os “alunos“ descobrem que a vida não é feita apenas de problemas e sim, de muita festa, alegria e sedução!

A dança é uma homenagem á Duvel (Deus), através do corpo e da alma. Com grande sentimento e força de expressão, traduzimos em ARTE o maravilhoso ritual da dança. Dançamos quando estamos alegres para comemorar uma celebração (casamento, batizado, tudo que traduza a felicidade); dançamos nos raros momentos de tristeza, pois ela nos serve para transmitir sentimentos e emoções.

A dança cigana para os jurem/gadjê é forma de liberação das emoções interiores, de dar vazão aos sentimentos e às íntimas necessidades, através de movimentos corporais. Assim, as danças ciganas podem ser executadas de maneira solitária (um “solo”, por exemplo), em par ou em grupo, de forma profissional ou amadora, festiva, sagrada ou ritualística. Em qualquer forma de procedimento, os dançarinos, reunirão as qualidades técnicas, o preparo físico, a alma e o amor pela dança.

Temos na dança uma de nossas mais vivas e exuberantes formas de expressão. Tiramos dos passos, dos volteios do corpo, do girar, do maneio de cabeças e mãos, do sapatear etc., uma alegria contagiante e uma vivacidade única! 

O repicar das castanholas (nas danças flamencas), das palmas (para afugentar a negatividade) e o ritmo dos pandeiros, constituem-se no correto dançar da “alma cigana”. Nossa dança é verdadeiramente a “magia da natureza!” 

Nos momentos descontraídos fazemos as “danças livres”; sem regras, onde cada um se diverte como quer, mas nunca se esquecendo do recato e dos limites entre homens e mulheres. 

As danças ciganas estão na nossa alma. Expressam luz, amor e alegria. Através delas, vivemos, amamos e crescemos! Experimentamos a cada dia um amor maior pela vida e, na nossa alma, o mais puro desejo de sermos sempre amados por Deus! 



Movimentos:


1. O sorriso e o brilho nos olhos têm a intenção de complementar o que está sendo dançado, razão pela qual são tão apreciados nos concursos e festivais. o semblante sério só se aplica às danças sagradas.

2. Os mexer de ombros e a inclinação da cabeça para trás (o que chama a atenção para os cabelos, geralmente longos e soltos);

3. Os braços e as mãos trabalham em vários sentidos: na frente do corpo, levantados em direção ao alto da cabeça, nas laterais do corpo etc.;

4. Os punhos, mãos e dedos têm a característica peculiar de girar (gesto de insinuação e também de captação de energias);

5. Acredita-se que as palmas na dança, afastam a energia negativa para longe.
Fora isso, nos primeiros passos a serem transmitidos aos “alunos” devem atentar para os seguintes detalhes: 

em geral, a postura: deverá ser sempre ereta; 
O caminhar: inequívoco, com elegância e a cabeça erguida; 
Os ombros: deverão está em conformidade com o tronco; 
Os giros: sempre largos e precisos, destacando os movimentos da saia; 
Movimentos circulares: devem ser grandes, discretos, porém chamativos. Detalhe importante para as mulheres, se casadas geralmente utilizam um lenço comumente chamado pelos rons de diclô, já os calins uma flor: preferencialmente vermelha presa aos cabelos e do lado esquerdo. Mesmo as jurins/gadjins casadas com ciganos são obrigadas a seguir a tradição, pois na cultura cigana as mulheres seguem seus maridos.

É importante ressaltar que na dança cigana, a dançarina profissional ou não, jamais se apresentará por obrigação. Dançará pelo prazer, pois tem na sua concepção de que a dança deve ser praticada como arte e sedução, aonde lhe é ensinada deste a tenra idade. Aprenderá também que de maneira alguma mostrará as pernas (na dança ou fora dela), já que isto é visto pelo nosso povo “como uma grande falta de respeito”, uma vez que a dança é algo sagrado. Esta é a razão pela qual as roupas são fartas e “protegidas” por baixo, evitando assim qualquer transparência.



O papel do homem


Tradicionalmente, o dançarino verdadeiramente cigano (quando não profissional) baila por duas razões:
Está feliz; Pretende festejar, brincar e se divertir. 
Esta triste: pretende esvaziar sua tristeza.




Detalhes importantes a quem se propõe a dançar.


Em respeito às tradições, homens e mulheres dançam sem haver contato físico entre os dois. Mesmo sem coreografia os ciganos sabem exatamente como dançar, desde muito pequenos com passos marcantes que requerem enorme agilidade e grande condicionamento físico. 

Os bailados dos homens lembram as danças GREGAS: braços estendidos nos ombros, palmas firmes e ritmadas e movimentos de pernas para as laterais e frente do corpo.



Gestos em seus movimentos:

  • O olhar: Deverá ser marcante, e sedutor. o olhar expressa todos os sentimentos da dançarina e dos próprios ciganos. Dependendo da música, o olhar será o que se pede: alegria, sedução, saudade, tristeza... Quando, por exemplo, a dançarina executa um “lamento”, o olhar é triste e distante, mas não deixa de ser marcante. Elas sabem que deverão cativar com o olhar e seduzir com os movimentos das mãos e do corpo, demonstrando serem, ao mesmo tempo, fortes e sensuais. Esse exemplo é visto nitidamente na dança flamenca. 
  •  As mãos e os pés: mãos e pés em movimentos suaves e precisos, tanto para encantar quanto para captar energias. 
  •  Filosofia: partilhar é algo sempre utilizado dentro de rancho ou acampamento, os ciganos costumam dividir entre si tudo que ganham ou que fazem; a comida, a moradia, as tristezas, e alegrias.
  • Corpo e mente: Com a dança cigana aprendemos cedo que corpo e mente deve trabalhar em sincronismo. Modelando-se o corpo, disciplina-se também a mente, tendo-se uma vida mais alegre, saudável e cheia de energia vital!
  • Adornos e rituais: Os adornos objetivam enobrecer e embelezar os dançarinos e seus movimentos. Nas mulheres, saias rodadas, renda, se casadas utilizam flores presas nos cabelos, tiaras, diclô (lenço de cabeça) demonstrando o compromisso com seu marido.Nos homens, geralmente utilizam chapéus, coletes, camisas de manga, etc.
Nas danças ritualísticas geralmente dançamos ao redor da fogueira, pois é uma atitude sagrada de celebrar a vida. Nossos rituais (da lua cheia, de Santa Sara, da páscoa, as slavas (pagamento de uma promessa feita a algum santo) etc.) são sagrados.

A dança cigana não deve ser dançada com ego, e sim com simplicidade. O maior fenômeno da dança cigana na atualidade, Joaquín Cortés, nos ensina: “Dançar com a alma. A dança cigana não só tem uma história, mas também fala de amor, de vida e de morte: coisas que não se expressam se não com a alma”. Ou seja, Quando dizemos no plural “danças ciganas” é porque, na realidade existe uma divisão no que erroneamente se convencionou chamar “dança cigana”. 

Dança Guedra - Ritual de transe do “povo azul” do deserto do Saara, que estende desde a Mauritânia até o Marrocos, todo o caminho até o Egito.É combinada com a dança de noivado de Tessint.;
Dança Fella / FelllabraNo estilo Saaidi ou estilo do alto Egito para uma canção de Metkal Renaqwi.; 
Dança do Jarro ou Rio NiloEsta é uma dança que retrata uma passagem do povo da região, em questão seus
costumes e hábitos. 
Dança Marroquina da Bandeja de Chá: Apresentada tanto por homens quanto por mulheres, mostra a destreza e a habilidade de equilibrar uma bandeja de chá sobre a cabeça e dançar ao mesmo tempo.;

Dança Meléa-laf ou Dança do Xale Enrolado da Alexandria: A Meléa-laf é um tipo de véu oriental que ganhou popularidade no Egito nas décadas de 30 e 40. Seu maior atrativo era que, apesar de esconder o corpo, por ser escuro e pesado era ao mesmo tempo revelador, pois o tecido era enrolado bem apertado ao redor do corpo. Nos grandes centros urbanos do Egito, no  Cairo  e em Alexandria, esse véu era quase que obrigado, fazendo parte da moda. Apesar de ter origem nos trajes humildes dos vilarejos, por ser inspirado nos xales usados pelos gregos de Alexandria, a  meléa-laf tornou-se item muito popular da moda egípcia.
O progressivo enrolar e desenrolar do xale, jogando-o ora nos braços, ora nos ombros, se tornou a base para uma dança folclórica de Alexandria que fala da vida de pescadores. Antes dos homens irem para o mar, as mulheres dançavam de brincadeira no cais uma dança na qual elas batiam os saltos dos tamancos juntos, andavam rebolando os quadris de forma provocante, lançando os pescadores com gestos simulados.;

Dança Núbia: No extremo sul do Egito, a Nutra compartilha o  Nilo e  se estende deserto a dentro o sol tão quente naquela parte do Egito, queima a pele dos núbios. Ao anoitecer, os artistas se vestem com o trajes tradicionais, dançam e cantam as roupas e as danças desses artistas refletem o clima e as condições de vida Núbia.;
Dança Saudita Feminina: O propósito dessa dança para mulheres é mostrar seus gloriosos cabelos, graciosos passos deslizantes e vestidos ricamente bordados, usados somente para esta dança que usualmente é apresentada em casamentos.;
 Danças com Solos de Derbak: Derbak ou tablá: é um instrumento de percussão imprescindível, pois é ele que marca o ritmo do resto grupo musical. Antigamente, era feito de barro e pelo de cabra e os músicos sentavam em cima dele momentos antes de tocá-lo, para aquecê-lo. Atualmente, são feitos de fibra e plástico.
Dança com solo de derbak simboliza a técnica mais antiga e enraizada da bailarina, um momento de êxtase, como fortes batidas dos corações e o sangue circulando nas veias.
Os solos de percussão antecedem as melodias e a dançarina expressa, através do quadril o que é mais belo e tecnicamente oriental e primitivo. Os movimentos de cabeça mãos, peito, tronco e cambrets, interpretam a emoção já os quadris e os ombros desenvolvem a dança. São utilizados todos os tipos de shimis,  batidas de quadril, tremidos e a mescla de ondulações com tremidos.
As danças folclóricas são estas as mais práticadas no Brasil  pelas dançarinas são: dança do bastão ou bengala; dança do candelabro ou castiçal; dança da espada, dança do pandeiro, dança dos sete véus, dança com snujs e solos derbak e khalige.
Danças festivas: São as festas que comemoramos tais como: aniversários, casamentos, comemorações etc., ou normalmente no dia-a-dia nas tendas, barracas;
Danças sagradas: eram executadas nas slavas ou prásniko (festas religiosas), em culto aos antepassados (polmana) em agradecimento a Deus, a Jesus (Duveli Baron), a Sara Kalí etc. São os chamados “lamentos” (skafhidiake);

Danças Ritualísticas: Eram utilizadas antigamente, hoje comumente demonstradas pelos jurem em festas, São as que exprimem em profundidade a nossa tradição e cultura. por exemplo: dança do fogo, ritual da lua cheia, dança dos punhais (tchuri), iniciações etc.; 

Dança Do Leque: em homenagem dança do elemento ar que representa o amor, a sensualidade e a limpeza.;

Dança Do Xale: representa o mistério e a magia do elemento fogo.;

Dança Da Rosa: Elemento terra. Representa o amor, a beleza, a conquista e a sensualidade.;

Dança Das Fitas Coloridas: Elemento água representa as lágrimas de alegria e tristeza derrubadas pelo povo Cigano. Não lamento, mas também a comemoração.;

Dança Do Véu: representa o elemento ar e expressa a leveza do corpo e a Sensualidade.;

Dança Das Tochas: Mostra a fúria e o poder do fogo através das tochas acesas que reverenciam este elemento.;

Dança Do Pandeiro: Dança dos quatro elementos, denota a alegria e sugere uma festa. Serve também para purificar o ambiente.;

Dança Do Punhal: Elementos ar e terra. Significa lutas, disputas, fúria e pode simbolizar a limpeza do ambiente e do corpo.;

Dança Dos 4 Elementos: Feita com representações dos quatro elementos como: Vela, incenso, jarro d'água e sal. Significa magia e limpeza do ambiente. Essas são algumas das representações da Dança Cigana que também pode ser realizada livremente, manifestando assim, a criatividade e intuição do bailarino.;

Dança Do Candelabro Ou Castiçal: (Raks El Shemadan), Elemento Fogo - Deusa Nut: É uma dança tradicional Egípcia, comum nos casamentos.
A bailarina lidera o cortejo dos noivos com um candelabro aceso equilibrado na cabeça para iluminar o caminho do casal. O fogo das velas representa a vida. Por isso, essa dança é freqüentemente realizada em festas de aniversário.
O candelabro deve ser específico para a dança, tendo assim o apoio adequado para a cabeça da bailarina. O ritmo usado deve ser lento. Sua performance e movimentos são delicados.;

Dança Da Espada: Elemento Ar: Dança em homenagem à deusa Neit, mãe de Rá. Por ser uma deusa guerreira, ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. A dança da espada também podia ser feita como homenagem a Maat, a deusa da justiça.
Existem duas lendas para a origem da dança da espada. A primeira, conta que, na Antigüidade, as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, no intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada na cintura deles ou fazendo mortos e feridos.
A segunda diz que, na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveria provar que tinha muitas habilidades.
Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério.
Este instrumento representa a coragem e a força exteriorizadas pela inteligência e astúcia. Já que é uma dança é clássica o ideal é dançá-la com música clássica.
A espada é sempre utilizada com movimentos corporais "alongado" e com muita leveza. Pontos de equilíbrio da espada: cabeça, busto, ventre, cintura, joelho, mãos, braços.;

Dança Do Jarro Ou Da Samaritana: Elemento Água - Deusa Afrodite A Dança do Jarro é uma dança sagrada com ligação ao elemento água, estilo que pode ser praticado de duas maneiras: como ritual e no cotidiano.
A dança do jarro pode ser uma dança folclórica, neste caso a bailarina representa e interpreta a rotina das beduínas, que caminhavam de sua tenda até o oásis, onde descansavam, refrescavam-se com a água do rio, pegavam um pouco de água em seus jarros e retornavam à sua tenda.
É também conhecida como dança do rio Nilo. Representa fertilidade. Como ritual, as sacerdotisas cultuavam os elementos da criação, principalmente a água, elemento vital no antigo Egito. Era executada em cerimônias presididas pelos faraós à beira do rio Nilo, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas.
Na dança, usa-se o jarro em apresentações com músicas rítmicas folclóricas, com vestidos soltos presos com uma faixa nos quadris. Pode ser utilizado com músicas mais lentas e movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas.
Dança do Jarro é a “adoração à água”. Na sua prática, você deve se remeter ao antigo Egito e imaginar a bailarina indo até o Rio Nilo em busca de água. Todos os movimentos da dança estão ligados a este fato que deve ser, lembrado sempre que for dançar.

Dança Do Pandeiro: (Daff): Elemento Terra - Deusa Perséfone Era sempre feita com o sentido de comemoração, de alegria e de festa. Muito utilizado em ritmos árabes para saudar a colheita em seus festivais no campo.
Para dançar com o pandeiro usa-se músicas rítmicas que propiciem as marcações com o instrumento no corpo da bailarina.;

Beledi Ou Baladi: É uma dança egípcia do campo, da região rural, e também a música. Quando "vai para o palco" é chamada de Beledi Urbana, com roupas com mais brilho. o traje usual é um caftan (espécie de túnica) ajustado, com fendas nas laterais, também chamado de vestido beledi. Um lenço de cabeça triangular também é comumente usado.;

Dança Ghawazee: É um atrativo muito alegre e divertido. Uma espécie de bailado de camponesas ciganas egípcias,ou árabes. Usavam vestidos compridos e coloridos, cheios de pastilhas e lenços de moedas amarrados a cabeça. São muito graciosas e risonhas. Contagiam todos a seu redor.;

Dança Sufi: Apresenta seus dervixes (homens com roupas de saia rodada, muito coloridas), que giram, giram, giram durante quarenta minutos seguidos, fazendo evoluções impressionantes.;

Dança Do Zhar: É uma dança ritualística popular egípcia, onde a bailarina trabalha giros, movimentos de cabelo, como se estivesse em transe. Essa dança era muito utilizada nos rituais egípcios;

Dança Do Tahtib: É uma dança marcial masculina do Egito, realizada com longos bastões que eram, historicamente, usados em combate. Ao som de tambores (derbak, tabel, mazhar, deholla, bendir...), e guiado através de mizmar (aquela flauta que parece uma cornetinha de madeira) e o som inebriante do rabeb.;

Dança Do Punhal Ou Adaga: Elemento Ar - Deusa Lilith Surgiu nos bordéis da Turquia, quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700). Época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia. O punhal era um instrumento de defesa e de comunicação entre a bailarina e a platéia.Representa a morte, a transformação e o sexo. A dança do punhal é uma dança forte, portanto a bailarina deverá usar músicas fortes. Para os ciganos o punhal é um símbolo que purifica as energias.
Significado de alguns movimentos com o punhal:
- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre;
- Punhal com a ponta para dentro: está escravizada
- Punhal no peito: significa demonstração de amor
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia
- Punhal na horizontal da testa: assassino
- Punhal nos dentes: desafio, destreza
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança
- Punhal com entre as mãos sinuoso: Homenagem a alguém da platéia.;

Dança Da Bengala: ou Bastão (Raks Al Assaya): Elemento Terra - Deusa Hator Simbolismo: A Dança da Bengala é uma dança masculina que foi adaptada pelas bailarinas.É dançada em um ritmo chamado Saaidi.
Os vestidos são os mais utilizados. Podem ser justos ou mais folgados, preferencialmente com aberturas laterais. Lenços de medalhas nos quadris. Nessa dança mostra-se a destreza da dançarina, o equilíbrio, o charme, destacando seus movimentos de quadril e fazendo uma paródia em relação à dança combativa masculina chamada "Tahtib". Esta dança demonstra força, beleza e sensualidade.
O traje que usado é um vestido. Usa-se acessórios de moedas, nos quadris e na cabeça. É considerada a dança dos pastores. O bastão simboliza o cajado, que é usado para tanger seu rebanho, geralmente de cabras.
É dançada por mulheres, que, no final da tarde, fora de suas tendas, em volta de fogueiras, comemoram e dançam a modalidade com suas túnicas coloridas e com véus nos quadris, “brincando” com o bastão, com agilidade e graça.
Sua origem remonta de tempos antigos quando no final do dia os pastores que tangiam rebanhos com bengalas ou bastões, dançavam alegremente com suas mulheres nos Oásis e em volta das tendas.;

Dança Khaleege Ou Kaliji: É a dança folclórica do Golfo Pérsico, teve origem nos Emirados Árabes, é dançada no ritmo Saudi. Como nesta dança a bailarina usa um vestido muito largo e longo, ricamente bordado, os movimentos utilizados são basicamente de cabeça, cabelos, braços, ombros, pernas e os pés que têm um trabalho muito simples nessa dança.;

Dança Da Serpente: Antigamente a bailarina dançava com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro), pois este animal era considerado sagrado e símbolo da sabedoria.
Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, mas isto deve ser visto apenas como show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.
Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada pelos adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento do seu corpo. Verifica-se um registro no livro La Danza Mágica Del Vientre, de Shokry Mohamed, de uma bailarina retratada numa dança empunhando uma serpente.
No Oriente Médio também os derviches, através de suas danças tribais e catárticas se utilizavam de serpentes.
Nos dias atuais, temos inicialmente a popularização da dança do ventre com a serpente nos Estados Unidos. Praticamente em todas as mitologias a serpente aparece como símbolo de energia e consciência imortais.
A serpente foi cultuada pelas grandes religiões pré-cristãs, como emblema solar e principalmente associado ao culto lunar mais antigo e ligado à grande Deusa (Inana, Isis, Deméter, Istha dependendo da região praticamente com o mesmo significado).
Esta é uma dança pouco difundida no Brasil e possui dois tipos distintos:
A dança ritualística surgiu na Antigüidade em que povos em volta das fogueiras (esta por sua vez simboliza a iluminação e clareza da escuridão, do desconhecido), simulavam serpenteando o corpo como um todo.
Atualmente ela pode ser feita somente com luvas que imitam serpentes ou cobrindo o corpo com colantes, a vestimenta desta dança pode ser feita de paetês verde que reluz com um brilho inigualável e imita a cor da serpente.
Normalmente a dançarina possui duas serpentes para não estressar a serpente dançando um pouco de cada vez.

Dança Dos Cinco Elementos: É uma dança de devoção. Os cinco elementos são a água, a terra, o fogo, o ar e o éter. Cada um destes elementos tem movimentos específicos na dança que o simbolizam.
De modo geral, o ar é dançado com os movimentos de véus; a água recebe ondulações de mãos, o movimento da sereia, o parto; a terra vem com o movimento de representação do crescimento de uma árvore; o fogo é representado por movimentos de serpente e ondulatórios de quadril, simbolizando a subida da kundaline, energia sexual; e o éter tem seu simbolismo no camelo, escolhido por passar longos períodos sem água ou alimentação em condições adversas, como se sua força viesse de uma fonte de energia não material.

Dança Das Flores: Dança ligada à colheita. A bailarina oferece flores ao público enquanto dança.

Dança Melea Laf: Significa "Dança do lenço enrolado". É uma dança que representa as mulheres do subúrbio do Cairo e Alexandria. Na década de 1930 essas mulheres usavam vestidos curtos e justos e para não chocar a religião muçulmana, se enrolavam em grandes lenços pretos ajustando-os ao corpo. Seus maridos, escadores saíam em viagem sem data para voltar.
Elas acreditavam que se dançassem para eles na despedida eles ficariam seduzidos e voltariam logo. Mais tarde as profissionais da dança incluíram esta dança em seus repertórios .

Dança Dabke: O dâbke é uma dança folclórica de celebração, tradicional entre os povos árabes. Executada em grupo por uma longa cadeia de dançarinos homens e mulheres que se dão às mãos e se movem em círculo aberto, ou ao longo de extensa linha.
Os passos cadenciados rígidos e a forte marcação com os pés indicam o papel primordial do homem nesta dança, cuja história está na cadência de seu passo decisivo ao amassar o barro para a construção da sua casa.

Dança das Taças: Folclore egípcio. É uma dança muito antiga ligada a Dança do Castiçal. Pode ser usado em festas de casamento, aniversários, batizados.Usa-se música lenta. A bailarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. O fogo das velas representa a vida.

Dança Com Snujs ou Címbalos ou Saggat: Elemento Éter - Deusa Basted: Essa dança tem mais de três mil anos e eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente.Existem vários tipos e tamanhos de snujs, com sons e timbres variáveis.
É uma dança cigana-egípcia, pode ser usada só com Percussão ou Said, Laff ou Fallahi SNUJ. (Existem várias versões de escrita) Eles chegaram na dança do ventre quando a dança se popularizou nas ruas e feiras.
Os snujs, são muito parecidos com ''castanholas metalizadas", é bastante utilizadas pelas bailarinas para dar ritmo à dança e acompanhar a música. São feitos de latão ou bronze. Podem ser grandes, pequenos, altos e baixos.
O tamanho ideal para as bailarinas é o médio. Os baixos são considerados os melhores e fixam melhor nos dedos. Os snujs são tocados nas pontas dos dedos, com o elástico colocado atrás das cutículas.
Este instrumento requer muita prática e habilidade, principalmente quando a bailarina se propõe a tocar enquanto dança, e deve ser batido delicada mas rapidamente, para que o som saia claro e limpo. Os snujs dão vivacidade às apresentações minhas almas.;

Dança Turibulo: Esta é uma dança onde o acessório é muito comentado e pouco usado no Brasil. Você deve saber QUANDO, ONDE e para QUEM dançar. Não existe um traje específico e a música deve ser lenta.;

Dança Dos 7 Véus: Simbolismo: A Dança dos 7 Véus é muito antiga e sagrada. O véu, na verdade, “desvenda” a sabedoria. Espiritualmente, os 7 véus estão ligados aos 7 chakras em equilíbrio. A retirada e o cair dos véus, significam o “cair da venda”, a consciência espiritual. Para os egípcios, árabes, e alguns povos da região, essa dança representa uma despedida de solteiro. E os véus coloridos representam as sete cores do arco-íris e simbolizam o amor e a sensualidade. As cores dos véus representam os quatro elementos.
A dança dos sete véus é um dos mais famosos, belos e misteriosos ritos primitivos.
Essa dança possui três origens:
A primeira origem da dança dos sete véus á deusa babilônica Ishtar, que atravessou sete vezes por sete portais, a fim de resgatar o amado do vale da morte. Em cada um dos portais, afim de resgatar o amado do vale da morte. Em cada um dos portais deixou, uma peça do vestuário que simboliza a capacidade de entrega da mulher ao matrimônio e ao homem que ama.
A segunda origem - que nos cultos da deusa grega Afrodite, a deusa do amor, e que era um ritual antigo de sedução. Tanto que consta até na bíblia: Salomé fez a dança dos sete véus para o rei Heródes e pediu em troca a cabeça de São João Batista.
A terceira origem - a dança dos sete véus é um dos mais famosos, belos e misteriosos ritos primitivos. Embora muita gente acredite que se trata da mais antiga versão do strip-tease, a dança não tinha um caráter exclusivamente erótico. Não era praticada em rituais de fecundação, mas pelas sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Isis. Cada um de seus véus correspondem a um grau de iniciação e revelam os sete de graus da ascensão espiritual.
A retirada de cada uns dos véus, presos ao corpo da dançarina, representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação das qualidades pessoais.

A música tem de ser orquestrada ou clássica. E a roupa da dançarina é a roupa comum de dança do ventre, de preferência branca ou lilás: branca simbolizando a transmutação. é uma apresentação enigmática, bonita e exótica que encanta todo tipo de público.
Importante:


1) Que os maiores DANÇARINOS ciganos são: Geeta Chandran, Sônia Cortes Cerviolle, La Chunga, Joaquín Cortês (“El Fenômeno”), Laria Greco, Jília Olmedo, Antônio Carali e a legendária Carmen Amaya? 
2) Que a dança cigana divide-se em: festiva, sagrada, ritualística, flamenca, do ventre, Calon e Kalderash (tacheiro)?

3) Que o melhor presente que um cigano oferece a um convidado é uma dança, geralmente executada por uma filha ou esposa? 

domingo, 28 de novembro de 2010

Bandeira Cigana


A Bandeira Cigana é composta de 3 cores:o azul ao alto, o verde abaixo e uma roda vermelha ao centro.
  • O azul representa o CÉU e a liberdade, pois todo povo cigano é livre. (teto dos ciganos); 
  • O verde representa a TERRA (nossa pátria) 
  • A RODA simboliza a carroça (nosso nomadismo) que tanto girou pelas estradas da vida, provando a não linearidade do tempo e do espaço. 
O símbolo geométrico dos ciganos é o CÍRCULO RAIADO (com 12 raios), também adotado no pendão da Índia (“Ashok Chakra”) na tonalidade marrom (meio avermelhado), no centro de duas FAIXAS horizontais de tamanho igual. 
obs: Esta bandeira foi concebida em 1971, em Londres, durante o “I Congresso Mundial Romani”, com delegados de catorze países. Seu simbolismo geral é assim traduzido: 

O CÉU É O MEU TETO, A TERRA É MINHA PÁTRIA E A LIBERDADE A MINHA RELIGIÃO.